quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ÓRFÃO DE PAIS VIVOS!







ÓRFÃO DE PAIS VIVOS!


Deitado à margem da vida,
Esquelética, maltrapilha,
Uma pobre criança jazia...
Estivera horas a cheirar cola
E agora, entorpecida, dormia!

Quem sabe de onde viera?
De onde teria saído?
Onde o pai que deveria educá-la?
Onde a mãe para amá-lo e protegê-la?

O pai jaz noutra calçada, embriagado,
Desiludido da vida de desempregado...
A mãe, desesperada de tanto ouvir
Seus filhos a lhe pedirem comida,
Saiu e foi à rua se prostituir!

É órfão de pais vivos,
Essa pobre criança infeliz!
Será que já não é tempo
De todos compreendermos,

Que Deus permite que órfãos existam, 
Para que nós lhes servirmos de pais?
(FatinhaMussato)




Nenhum comentário: